Ora Boa Tarde caros leitores!
Deixo-vos o Segundo Episódio, desta história para saber mais acerca de mim só no terceiro
Não percam...
Espero que se sintam à vontade para comentar e para apontar qualquer erro que nos tenha passado...
Episódio 2 A falta de descência e a arrugancia dos actosUm portão abre par a par deixa o carro, da marca Mercedes de cor preto, entrar numa estrada de terra batida rodeado por arvoredos verdes próprios desta estação, ora essa estrada era a que dava acesso ao grande jardim de relva verde, o carro entra devagar numa estrada que também conhecia e que tinha uma rotunda, à medida que o carro avança observa-se no centro um lindo palácio com vários andares, e varandas a toda a volta, o carro faz as manobras necessárias para ficar parado, até que trava e o condutor sai do veiculo o acompanhante também sai e espera pelo piloto em frente do automóvel.
Ele chega, abraça a sua mulher e vão a rir para junto da porta, de seguida houvesse um Ding Dong sonoro que ecoa por todo o terreno, amuralhado as altas arvores abanavam-se do alto da sua vaidade, o céu começava a ficar carregado, talvez se advinha-se uma tempestade do mês de Junho, dentro de casa, havia um homem que andava fardado com umas calças pretas às riscas brancas, e uma blusa igualmente branca, e andava no seu passo lento, com o seu sapato envernizado atravessava o grande salão que lhe comunica com a porta, e com o seu óculo encravado no olho que lhe permitia ver a dobrar.
Por fim, chega à porta, e abre-a:
- Senhor! Que deseja? – Atende o empregado.
- O meu pai! Está? – Responde-lhe o homem do casal.
A casa era espaçosa tendo um grande salão e uma outra sala mais pequena, ao lado um hall onde tinha umas escadas para o piso do quarto, esse sim era magnífico, mas o quarto de Pedro Silva Lobo tinha uma vista panorâmica sobre o terraço que se visualizava o magnifico jardim que rodeava toda a casa, do terraço é visível os muros que circunscreviam a mansão, dentro destes limites ao fundo, perto de uma enorme sebe feita por arvores um cedro e um cipreste que envelheciam juntos, como dois amigos tristes no centro havia uma estátua de um menino de mármore que urinava agua que caia na bacia de mármore.
- Desculpe! Mas o Senhor tem alguma coisa marcada, com o Senhor, seu pai?
- Não! Não tenho, apenas que lhe quero falar.
- Concerteza entrem e esperem – O casal entrou e despiram os casacos, deram ao empregado que os pendurou no bengaleiro. A mulher deu também a mala. Uma empregada vem da cozinha.
- O que é que o Senhor deseja?
- O mesmo do costume.
- E a Senhora?
- Pode ser um café! – A empregada recolhe-se à cozinha. Elegantemente trajada, com uma renda na cabeça e um uniforme azul, coberto com um avental branco, e todo ele rendado, com um sapato preto que brilhava.
Olha para o chão e caminha a seu passo acelerado. Ela vira à direita perto do Hall que se ligava com as escadas, e torna a virar à esquerda e entra na cozinha que era um salão espaçoso.
No piso térreo, na cozinha as empregadas conversam enquanto fazem o serviço.
- Mas é ele que nos paga. – Cremilde acaba de arranjar o tabuleiro. – Vá, agora leva lá isso em antes que ele venha aqui, discutir com nós. Sabes que ele detesta atrasos.
A empregada leva o tabuleiro e vai a tremer, pois teme que alguma coisa corra mal.
No salão, onde o casal esperava uma lareira que transmitia o furor de outros tempos, talvez não sei! Não mo perguntem, e que dava bom ambiente à casa, especialmente no Inverno.
- Cremilde! É um café, para a Doutora Sofia. – Diz a D. Palmira à cozinheira.
- O meu menino Pedro está cá? – Pergunta a D. Cremilde.
- Sim! É verdade, ainda não percebi, só tu no mundo inteiro é que gostas do cão do patrão…
- Paula, eu não gosto dele, só que ele nunca me tratou mal. Percebes? – Diz enquanto deita o café na chávena. – E mais basta que tu faças o trabalho bem feito para que ele se esqueça que tu existes. – Põe a chávena num tabuleiro.
- Mas ele é racista, Cremilde!
- E tu não és?
- Tanto como ele não.
D. Paula chega ao pé de Pedro, este está a ver uma revista, enquanto espera, Paula poisa o tabuleiro na mesa entre os sofás, e serve o café a Sofia, posteriormente deita o Wisky num copo com duas pedras de gelo e vai ter com Pedro, estende o braço a tremer.
- Sabe quanto tempo demorou? – Pergunta Pedro. Paula não responde. – Está surda? – e repete a mesma pergunta de há pouco – Responda minha cara!
- Não senhor! – Paula balbucia.
- Quinze minutos! – Responde Pedro sarcasticamente.
- Não foi assim tanto tempo, men…!
- O que é que me ia a chamar?
- Senhor Doutor!
- Assim está melhor! Sabe aquilo que eu faço num quarto de hora? – Paula acena com a cabeça em sentido negativo – Não, pois não? Claro que não – responde Pedro ironicamente – como poderia saber? Se é uma inculta! Coitada tenho pena de si. – Pedro vira o copo totalmente ao contrário e deita o seu interior no chão – apetece-me antes um café!
Uma mulher desce as escadas, atrás deles:
- Pedro! Meu filho! Sofia querida como está? – A mulher abraça Pedro.
- Mãe! É tão bom ser assim recebido!
- Olá Dora! – Cumprimenta a Sofia dando um beijinho na cara a Dora – Estou bem obrigada e a Dora? – Acrescenta a Sofia.
- Sempre uma ternura esta tua noiva, Pedro! – Elogia-a Dora -Então que te traz por cá? – pergunta Dora a Pedro.
- Quero falar com o pai! Acerca de uma coisa…
- Alguma coisa com a Faculdade?
- Nada de preocupante, mãe só que nesta época do ano os alunos aumentam… e quase nenhum sai!
Bate uma porta, um homem aproxima-se da sala:
- Pedro! Estás cá?
- Estou claro! Pai…
- Temos algo combinado?
- Pai, não mas…
- Então não quero nem saber! – Sérgio interrompe Pedro.
- Ok! – Responde Pedro. – Mas olhe que era da faculdade!
- Não é um assunto meu! – Ri cinicamente – E sim teu.
A empregada sai da cozinha com o tabuleiro.
- Ainda agora aqui vem? – Reclama Pedro
- Men. – Ele arreguilha-lhe os olhos como repreensão.
- Desculpe! O Senhor doutor desculpe!
- Sofia! Vamos embora! – Ordena Pedro.
Sofia e Pedro despedem-se de Dora, ambos saiem. Dirigem-se ao carro, que permanecia estacionado em frente à mansão.
- Marta sabe que o Dr. Pedro detesta ser chamado de menino. – Desculpa-o a Dora. – E além disso anda muito cansado!
- Peço, desculpas minha senhora, não volta a acontecer.
- É bom que não! – Avisa-a a Dora com pena da serviçal, por ser tratada assim pelo seu próprio filho.
Dora senta-se no sofá e traça a perna angustiada, por ver que de facto o seu filho não vivia apenas sobrevivia, ou por outras palavras, já nada havia que o pudesse salvar, a não ser talvez um novo amor que o educasse. E o ensinasse a ter limites. Mas seria isso possível? Dos poucos amigos que se davam com o génio de Pedro, achavam que não.
Afonso que era seu colega na Universidade, e seu amigo de longa data, achava-o insocial, uma pessoa amarga, mesquinha incapaz de amar alguém e de dar mais um pouco de si. Craft achava-o insensível.
Posso continuar?
Boas Leituras