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Graça Vampira escreveu:Nao continuas? Quero ler-la toda até ao fim...
filipa trigo escreveu:Graça Vampira escreveu:Nao continuas? Quero ler-la toda até ao fim...
continua
Pedro Conde Drákula escreveu:Pessoal!
Em breve, irão ter uma surpresa aqui no fórum... Aguardem!
Pedro Conde Drákula escreveu:Olá parece que tive um tempinho para voltar a encarnar na pele de um Vampiro e voltar a escrever, o que sempre me fez bem não haja dúvida!
Episodio 5 - Parte 1O comboio pára em Benfica, uma estação antes de chegar a Campolide, olho pela janela e sinto-me cada vez mais ansioso para voltar a casa, quando de repente penso, o que estou eu para aqui a dizer? Sou um Vampiro, não vou encontrar nada, nem pai nem mãe, o que quer que seja, nem a ti Carolina, já não existes mais, vou sofrer? Sou capaz mas tenho que o fazer, não por mim, mas por vós a viagem de comboio está quase a terminar oiço um som que ecoa na minha cabeça, um anúncio:
- Próximo paragem Campolide, cuidado com o degrau!
O comboio entra no seu eixo na linha que o leva à plataforma de embarque, a poucos segundos de parar eu levanto-me e saio da carruagem com direcção à porta, identifico como não tendo prata e encosto-me a ela, aparentemente normal e o comboio acaba por parar na linha indicada pelo controlador, as portas abrem-se, e eu piso o solo português a emoção é tanta que eu já alguma vez pode imaginar, mando que as pernas andem e elas obedecem ponho os meus óculos de sol, pois os raios de luz ferem-me os olhos, caminhei por entre as pessoas algumas carregadas de sacos, outras nem por isso, foi devagar no simples passo humano para fora da estação, cheguei à rua e vejo-a movimentada com muitos carros e muitas pessoas a correrem para apanhar o comboio que as levava para o Trabalho, algumas iam só de comboio até ao Rossio porque era aí que trabalhavam ou estudavam e outras ainda tinham de apanhar um outro transporte alternativo, por outras palavras faziam o transbordo e apanhavam ou o metropolitano, ou a carris, ou os barcos.
Eu atravessei a rua para o lado onde tinham prédios, e um jardim haviam três ruas perpendiculares à avenida as ruas subiam muito mas haviam ao fim das áreas habitáveis uns muros que separavam umas arvores da estrada, caminho até essa propriedade era um principio de uma floresta, o espaço era enorme e um tanto escuro, agradável, e algo familiar meto a mão ao bolso do meu casaco preto, e caminho aqui posso ser eu, e cumprir o sonho do Harry, mas tenho que arranjar um lugar para habitar, sei que vêem aí mais amigos meus, é preciso arranjar algum ponto de trabalho e aliados caminho pela floresta, a diante e constato que não existe ninguém excepto um bar aberto, mas tem na porta um anuncio: “vende-se” uma pessoa sai e eu vou falar com ela:
- Oh Patrão! – Chamo.
O homem vira-se. E pergunta:
- O que quer? – Pergunta ele meio atrapalhado.
- Não tenha medo. – Tento tranquilizar eu. – Não te vou fazer mal. Só quero saber, qual o preço do teu bar?
- Há, peço desculpa. É 90.000 €.
- 90.000€, caro não?
- Entre! Vamos falar lá dentro… – Convidou ele.
- Ok! – Aceitei.
Eu entrei para o rés – do – chão, de uma perda, pregada na parede, o rapaz puxou uma Cadeira para se sentar, esticou o braço e disse-me para me sentar noutra. O rapaz é bastante parecido comigo, o que me leva a perguntar o seu nome e o seu apelido, mas pensando melhor esta parte é mais viável. Agora penso na proposta, que ele me fez, mesmo assim é muito dinheiro.
- Qual o seu apelido? – Pergunto eu.
- Lobo, Silva Lobo. – Responde ele, o que me deixou ainda mais integrado, pois nunca tive nenhum filho e este parece-se muito comigo, mesmo que o tivesse seria velho de mais e por certo já teria morrido, ou sido transformado, o que era pouco provável. Então tento saber mais acerca da sua vida e sem que ele deia conta.
- Comprou isto…? – Pergunto eu, sim sei o que vocês estão a pensar que eu sou coscuvilheiro, sim de facto, talvez um pouco, curioso, e é isso que me tem mantido vivo, e que me fez aceitar a proposta do Harry. Penso, também, na possibilidade de ele perguntar porquê eu fiz aquela pergunta, penso em varias respostas para o caso.
- Não herdei, porquê? – Bolas, ele perguntou mesmo, o que faço, meu Deus, espera lá um Vampiro não devia acreditar em Deus, nem rezar, então porquê ainda o faço, Santo Cristo, sei que não posso ir à igreja que sou um arrenegado, que quando morrer me transformo em pó.
- Só curiosidade! – Respondo eu, foi a melhor coisa que saiu - E porquê é que quer vender? – Pergunto curioso.
- Preciso de dinheiro! – Responde o rapaz, meio aflito.
- Todos nós precisamos, com esta crise, meu amigo. – Desabafo eu, porque ao longo deste milénio tenho visto de tudo, e muito mais aprofundadamente, do que agora, sim é verdade que assisti à Segunda Guerra e vi muitas pessoas a morrerem à fome, eu ainda tive sorte em ser transformado a tempo.
- É verdade! – Concorda o rapaz.
- Em antes de eu vir para aqui, para dentro reparei que também tem a casa de cima, também é sua? – Pergunto eu interessadamente.
- Sim e também a vendo! – Disse-me ele prontamente – Vou-me embora daqui, sabe? – Acrescentou ele, em antes que eu lhe perguntasse. Entro na sua cabeça, e vejo que realmente, ele precisa de emigrar.
- Ah ok! Então 90.000 €, é muito caro! Não vale tanto. – Digo eu olhando para o local e avaliando-o com precisão, porque se ele vive com dificuldades que farei eu, não como é certo, mas também pago os impostos ao Estado como qualquer cidadão, visto que sempre vivi integrado. – Se for antes 70.000 €! – Sim de facto estava a ser generoso de mais porque a casa e aquilo a que ele chamava de estabelecimento nem 1000 € valia, mas como eu sou muito generoso, dava-lhe o dinheiro.
- 70 000€? Hum? Não, se ainda na semana passada foi avaliada em 900 000 €!
- Meu amigo, cheguei hoje de Los Angeles, acha que tenho esse dinheiro? Preciso de algum sítio para morar, estou estafado, preciso de dormir.
- 85 000€! – Rogou ele. Continuo a pensar, mesmo assim a casa não vale, tem um grande valor sentimental para mim. Mas não vale tanto.
- Amigo! Eu vou precisar fazer aqui obras, vou precisar de gastar aqui dinheiro, e a casa não vale tanto! – Penso que o meu pai, sempre me disse que a casa quando foi vendida pagou por ela um cruzado naquele tempo. Volto a entrar na cabeça do meu interlocutor de circunstancia e vejo que ele está a ficar incomodado e um pouco assustado comigo. Subo a proposta – E se for antes 75 000€!
- 75 000€?
- Sim e é pegar ou largar. – Noto os meus olhos a queimarem de raiva. Rezo para que me controle.
- Não quer ver a casa? – Pergunta ele, tentando-me rebater.
- Não!
- Não quer beber nada?
- Não!
- Então são 75 000€? Só!
- Sim só e chegam!
- Assim fico a perder.
- Não sei. – Respondo eu secamente – Mas é só o que tenho, para te oferecer. – Acrescento eu mudando o tom.*
***
*No Terreiro do Paço, chegam três criaturas, aparentemente humanas mas sem uma única mala, nas mãos, um rapaz que aparentava ter vinte anos, a cor da pele pálida totalmente como uma folha, fazia com que fosse o foco de atenção por parte de alguns Lisboetas que por ali passavam e também o facto de ser tão novo, ele era alto e musculado, sendo muito cobiçado pelas mulheres, descia do transatlântico, e já em terra Lisboeta, ajuda uma mulher a descer:
- Vá! Confia em mim! – Diz ele dando-lhe coragem para descer.
- Ai Henrique! Não dá. – Finge ela.
- Vá lá Beatriz! Não estou a dizer para fazeres como a Isabel que saltou.
- Agarras-me Henrique!
- Sim tas a dar nas vistas! - Ela deu a mão a Henrique e salta. Quando está no chão, abraça-o e:
- Muito obrigada, Henrique! – Agradece-lhe. – Se não fosses tu eu não conseguia sair do barco. Mais uma vez, muito obrigada.
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